Vamos fazer uma breve recapitulação histórica?
Quando as estratégias de marketing começaram a ser desenvolvidas, estávamos no Marketing 1.0, durante a primeira revolução industrial, quando existia um só produto e um só meio de produção.
Foi nessa mesma época que migramos de um sistema feudal para um capitalista e, aqui, o objetivo era vender o máximo de produtos sem muita diversificação.
De lá para cá, percorremos um longo caminho: no Marketing 2.0 as necessidades dos clientes começam a entrar em jogo e os produtos começaram a ser diversificados, no 3.0 novas tecnologias começaram a apoiar as estratégias de marketing, no 4.0 veio a hiper conectividade e a necessidade de personalização e agora estamos no marketing 5.0.
O consumidor de hoje é um nativo digital que está no controle do processo de compra e confia muito mais em pessoas e relacionamentos do que em marcas. Para este perfil, não basta apenas a personalização na publicidade. Eles querem conteúdo autêntico, de marcas que compartilhem os mesmos valores e sejam endossadas por pessoas em quem confiem. Daí o crescimento estratégico do UGC - User Generated Content ou Conteúdo Gerado pelo Usuário.
Continue lendo este artigo para entender mais sobre o assunto!
NÃO! User Generated Content NÃO É o conteúdo produzido por influenciadores digitais quando esses são patrocinados por marcas. Talvez, esse seja o pontapé de como conhecemos o UGC e, sim, influenciadores podem ter conteúdos orgânicos que são autênticos e gratuitos para marcas que são considerados UGC.
Mas, o Conteúdo Gerado pelo Usuário é qualquer conteúdo criado e publicado pelos próprios consumidores sobre uma marca, produto ou serviço, e não pela própria empresa. Hoje já existem pessoas especializadas em produzir esse conteúdo de maneira com que ele pareça orgânico, e existem meios de contratar pessoas anônimas para a criação de conteúdo nesse estilo, mas a ideia é que ele não seja pago.
Ou seja, o verdadeiro sentido do UGC é ter um consumidor que experimentou o seu produto, serviço ou ferramenta e gostou (ou não), para que depois publique um vídeo na internet sobre esse assunto.
Esse tipo de conteúdo começou a se popularizar na rede social Tik Tok, que permite um grande alcance orgânico às contas pequenas, e, com isso, o interesse das pessoas participarem de algumas tendências é mais forte por lá.
Se você parar o que está fazendo agora e pesquisar “UGC como funciona” vai ver que a própria ferramenta dá uma breve explicação sobre esse tipo de conteúdo. Mas essa rede vai além: ela tem uma plataforma para marcas fazerem solicitações de UGC aos criadores monetizados e, depois, selecionar quais dos conteúdos criados ela quer patrocinar.
O Instagram continua bem atrás do Tik Tok nesse sentido — agora o algoritmos da plataforma está melhorando para ajudar os criadores a alcançarem mais pessoas com seu conteúdo, e o uso de #hashtags ainda é necessário para alcançar a audiência certa.
Se o criador já tem uma audiência fiel ali, os Stories do Instagram oferecem uma maneira temporária, mas altamente envolvente, para os usuários compartilharem conteúdo. As marcas podem repostar Stories de consumidores em seus próprios perfis e usar os Destaques para manter esse conteúdo disponível por mais tempo.
O LinkedIn, tradicionalmente conhecido como uma rede social profissional, também aproveita a tendência do conteúdo gerado pelo usuário (UGC) para engajamento e construção de marca. Embora o LinkedIn seja diferente de plataformas como Tik Tok e Instagram, ele oferece várias oportunidades para as marcas utilizarem UGC.
Hoje, a própria ferramenta convida especialistas do mercado, independente do tamanho da conta dessa pessoa, a participar de discussões sobre algum determinado tema.
O UGC é visto como uma forma mais autêntica de conteúdo, uma vez que é criado por consumidores reais que compartilham suas experiências genuínas com a marca. Ao contrário do conteúdo produzido internamente, ele não passa pela mesma filtragem e polimento, o que pode aumentar a confiança entre os consumidores.
Por exemplo, uma avaliação honesta de um produto em uma rede social pode ser mais impactante do que um anúncio tradicional por transmitir uma impressão de sinceridade e transparência. Outro ponto é que normalmente o UGC é gerado espontaneamente pelos consumidores, ou custa muito mais barato para as marcas do que o contrato com um influenciador.
Isso tende a reduzir os custos de produção de conteúdo para as empresas. Em vez de gastar grandes somas em campanhas publicitárias, as marcas podem incentivar seus consumidores a compartilhar suas experiências. Além disso, o UGC também pode ser responsável por:
Para incentivar os consumidores a compartilharem suas experiências com a marca, é fundamental criar campanhas que tenham como objetivo incentivar a criação de conteúdo pelos usuários. Por exemplo, criar uma hashtag personalizada e incentivar os consumidores a usá-la em suas postagens pode gerar um enorme volume de conteúdo. A Coca-Cola fez isso com a campanha “Compartilhe uma Coca-Cola”, que se tornou um fenômeno global.
Mas, além disso:
Sim, eu sei que falei no início do conteúdo que se você fizer uma parceria com um influenciador, esse conteúdo não vai ser considerado UGC — Mas isso não significa que influenciadores não são aliados.
Mais do que mostrar um produto, o influenciador também pode incentivar a produção de conteúdo orgânico sobre um tema. Afinal, influenciadores que compartilham suas experiências com a marca podem alcançar uma audiência maior e mais diversificada, incentivando pessoas a criarem conteúdos semelhantes.
Lembra do tópico do LinkedIn? Influenciadores e Top Voices da rede são ótimos em começar discussões que vão incentivar outras pessoas a produzirem conteúdos sobre determinado tema, marca, produto ou serviço.
Você tem uma ferramenta B2B, gostou da ideia e não sabe como incentivar outras pessoas a falarem da sua marca? Que tal incentivar a criação de tutoriais?
Um exemplo simples disso é a quantidade de tutoriais que você encontra na internet falando sobre as ferramentas de edição da Adobe, o próprio Excel ou Google Sheets. O HubSpot em si é uma ferramenta que tem muitos tutoriais espalhados por aí.
Você pode incentivar a criação do UGC no formato de vídeo com tutorial para o YouTube, por exemplo, pedindo para um cliente mais próximo e com desenvoltura gravar e divulgar para os seus clientes — isso, por si só, já fomenta a criação de conteúdo. Ou com a criação de uma comunidade para as pessoas postarem suas dúvidas abertamente e deixarem sua opinião.
Essa é uma dica que funciona para qualquer tipo de empresa: organizar eventos ou campanhas em datas comemorativas pode estimular a criação de conteúdo gerado pelo usuário. Eventos de lançamento de produtos ou campanhas sazonais, como o Dia das Mães ou o Natal, são oportunidades perfeitas para envolver os consumidores.
Nos eventos, você pode criar ambientes instagramáveis onde os consumidores possam tirar fotos e compartilhar nas redes sociais. Neles, você também pode criar desafios online e fazer ações que podem se tornar conteúdos UGC.
Dica bônus 1: se você pesquisar o nome de qualquer marca no Tik Tok + como usar, vai encontrar inúmeros exemplos de conteúdos UGC de todas as formas — por exemplo, eu pesquisei “Totvs como usar” e “HubSpot dicas” e encontrei vários conteúdos que você pode adicionar como exemplos interessantes para incentivar seus consumidores a criarem.
Dica bônus 2: a Mkt4Sales pode ajudar você a organizar essa estratégia da melhor forma. Nossa consultoria em Marketing Digital ajuda você a otimizar os resultados da sua empresa com uma atuação de marketing orientada à geração de demanda e alinhada aos objetivos de venda. Entre em contato com um especialista para saber mais.